Sábado, 14 de Fevereiro de 2009

Infelizmente não é preciso explicar a crise, pela simples razão de que quem vive a sente!

Se não é ainda de forma directa, é pelas notícias diárias dos últimos tempos, ou é porque se sabe que o vizinho ou a vizinha ficaram desempregados, porque as respectivas empresas declararam falência.

E agora? Como continuar a pagar a prestação da casa? A prestação do carro?

Como continuar a dar aos filhos os "mimos" com que eram obsequiados habitualmente?

Por enquanto, o mal ainda vai sendo suavizado pelo direito ao subsídio de desemprego! E quando este terminar? Talvez haja direito ao subsídio de reinserção social... Mas por quanto tempo? Até onde vai a resistência do "Estado-providência"? É que se a generalidade da população activa deixa de trabalhar, também os impostos - que são as receitas do Estado - diminuem e os cofres esvaziam, não havendo onde ir buscar mais "remédio" para a falência bancária, empresarial e social.

Na verdade tudo começou ou entrou numa "nova era" no início da segunda metade do século XVIII, com a invenção de James Watt: A MÁQUINA A VAPOR!

 

 

 

A ciência e a tecnologia são a origem do progresso e desenvolvimento a um ritmo nunca visto. Cada vez mais máquinas, cada vez mais sofisticadas, cada vez mais fazendo o trabalho do homem...

E o Homem, logo que sentiu que a máquina lhe roubava o pão, manifestou-se, revoltou-se, destruiu algumas máquinas, mas foi derrotado... não podia parar o progresso!

Nós concordamos com o progresso! Com as novas máquinas! Tiramos o "chapéu" aos cientistas, aos inventores, aos técnicos, aos engenheiros e aos engenhocas!

Mas não concordamos que sejam os capitalistas os únicos a recolher os "louros" da inovação tecnológica!

Achamos que o cientista, o inventor pôs o seu génio ao serviço da humanidade, ao serviço de todos os homens.

Isto é, todos os homens devem beneficiar igulamente do progresso, do desenvolvimento, da ciência e da tecnologia.

Sobretudo a população activa que é quem faz que o nosso mundo não páre!

Assim, o que nós defendemos é que a nível global, a nível de todo o planeta, o horário de trabalho fosse diminuindo, até que esse "bem" fosse distribuído por todos os que dele precisam: aqueles que trabalham e os que querem trabalhar.

Em vez das quarenta horas de trabalho semanal devia trabalhar-se apenas 30 horas; se ainda não houvesse trabalho para todos deveria então reduzir-se para as 25 horas semanais, e assim sucessivamente.

Claro que não propomos a redução do salário mensal, esse deveria manter-se porque numa economia de mercado é imprescindível manter o poder de compra.

Dir-me-ão que nunca os capitalistas aceitariam tal medida, por utópica! Mas não é verdade; se esta medida fosse verdadeiramente global (bem como o custo de hora/trabalho), as condições concorrenciais seriam iguais na Europa, na América, na Ásia, em toda a parte e, portanto, este factor de custo de produção invariável! Os capitalistas, neste caso, nada teriam a opor.

O ser humano teria trabalho e mais tempo para a família e para o lazer.

Seria uma forma sustentável de lutar contra a crise.

Da História do passado se hão-de colher as lições para um futuro melhor para todos!

 

por: Viajando no tempo



publicado por circular às 11:21
A cada momento passa por nós uma onda de imagens que nos faz circular pelo mundo. E nós somos do círculo, pois circular é viver.
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